quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Gostosuras, Comidinhas e o Retorno à Realidade.


Muito tempo. Uma pessoa muda em 4 meses? Muda, muito.
Desde o último post, já passei por milicoisas aqui e posso falar com sinceridade, acontecimentos que só me amadureceram como ser humano e mulher. Mudei de casa duas vezes, conheci novas pessoas, trabalhei em lugares diferentes, tive 4 TPM's e  saí ilesa, fiquei sem grana, me virei, fui ajudada por amigos, ajudei uns par, segurei o drama e tô aqui firme e forte. Acontecimentos que me fizeram mais segura e mais dona de mim. Eis a razão de toda essa distância.
Minha aventura em Wonderland Aussie está acabando... Sim, depois de 11 meses e 25 dias voltarei para realidade e isso me incomoda um pouco, apesar de estar com muita saudade de algumas coisas. Ansiedade da volta e desejo de ficar se misturam e eu gosto. Idas e vindas.
O Natal esse ano vai ser miado, provavelmente vou trabalhar, mas o Reveillón promete..Fortes emoções! rs
Bom, estou começando a perder o foco, e esse post só  surgiu mesmo para falar das comidinhas que ando experimentando, como saí da casa de família fui obrigada a cozinhar minha própria comida, o que é um feito e tanto para alguém que não sabe ainda fritar um ovo (sim, eu sei cozinhar várias coisas, mas tenho problemas com ovos, exceto os cozidos) são comidas na sua maior parte de uma pessoa que está "on diet", mas resolvi postar porque não quero esquecer,  comidinhas pra vida... rs.
Australianos comem muita coisa gordurenta e gostosas, coisas que nunca vou esquecer porque além de serem boas, me fizeram engordar 7 kilos, que felizmente vou consegui deixá-los aqui... hahaha Eu hein...
Fish'n Chips, ice cream, junkie delicious food, cookies dos mais gostosos, TIM TAM, o mais letal e delicioso biscoito para quem esta de dieta, Hawaian Pizza, sushis gigantes, de todos sabores, lamigntons (bolinho delicia!), pies, aaaai....Entende agora? O quão dificil é manter o corpitcho em dia!? hahaha
Pois é, mas como eu não tive a sorte de ser uma daqueles que tudo pode e nada engorda, tive que fechar a boca e me contentar com saladas, atuns, sushis ( que eu amo, graças a Budha, esse pode!), peixes, frangos, beefs, ovos, cream cheese e a grande paixão do momento: abacate.
Sim, abacate não faz mal, não engorda, é tudo de bom e vai com tudo!!! E um otimo hábito que adquiri aqui, além do chá com leite que é uma deliciaaa....Hummm... (Super british!)
Salada, sanduíches, mistos, chicken, peixes, ahh delícia...
Tá sem criatividade? Faz uma saladona com muita rucula, alface, abacate (ele tem que estar meio durinho senão zica). Separadamente, numa panela frite cebola, frango ou peixe em pedaços, mushrooms, tomate, brocoli (veja bem, frite o frango primeiro e depois coloque os legumes e atenção o brocóli tem que estar cozido e "al dente", isso vale também para a couve flor, caso queira colocar), depois de tudo bem mexido na frigideira, só colocar em cima da salada, com um pouco de cream cheese ou queijo fetta, pode temperar com sal e pimenta (cuidado porque o fetta já é salgado) e vinagre balsâmico... Oh my!!
Isso serve para sanduíches no pão sirio com atum, frango, ou carne vermelha... Whatever!
Outra coisa muito boa que eu aprendi e amo, é pasta ( macarrão integral) e sea food, essa receita pode ser básica, mas pra mim não é...rs , quem me ensinou foi um amigo suíço, chefe de cozinha o Kim, pessoa linda que quero muito bem... É  ridículo de fácil  e fica boooommmm... O processo é o mesmo do cozido de frango e peixe da salada acima, mas no final coloca o macarrao cozido pra da uma refogada junto e tchanãn.... Ai ai... Com uma pimentinha marroquina tudo de bom, "nem os cachorros não comem" como diz minha mãe...rsrsrs
Fora o abacate, descobri que tudo fica bom com manga, abacaxi....
Exemplo disso é a pizza Hawaiana, a preferida e ja me dá água na boca de pensar..
A base dela é queijo e tomate, ai coloca presunto, bacon e abacaxi... Ah, man, demais....
Enfim, frutas e verduras, assim como o café que vendem aqui são de ótima qualidade, os produtos importados chegam aqui como mercadoria para o primeiro mundo, quem fica com os refugos somos nós brasileiros e outros países que ainda não aprendemos a dar valor ao fruto da sua terra...Mas isso é um outro assunto que  me estressa e o papo tá tão legal...
Tem um arroz muito bom, que meu primo que é chef me ensinou (estou dando uma super sorte de morar em duas casas diferentes com chefes de diferentes nacionalidades!), que é o "Fried Rice", um arroz tailandês, delicioso. Sabe quando sobra aquele arroz, que você morre de pena de jogar fora (e nem é legal desperdiçar!), é só colocar numa panela cebola, carne cortado em pequenos pedaços, legumes ja devidamente cozidos e molho de soja ou de ostra...( http://tudogostoso.uol.com.br/receita/79772-chicken-fried-rice-arroz-tailandes.html ), receitinha aí easy to follow it! Enfim, delicia, delicia...
Tenho evitado carboidratos devido a minha dieta, mas durante o dia pode um pocadinho, entonces...
Tem mais coisas que aos pouquinhos vou aprendendo e estou orgulhosa de mim mesma, quero só ver se voltando pro Brasil essa empolgação continuará, espero que sim, apesar de saber que na dura realidade brazuca, terei muito menos tempo pra tudo isso... Uma pena! Mas, sou sacodida, sempre se dá um jeito...
Esse papo tá super me dando fome e são meia noite e pedrada. Nem é hora de comer...
Fazer sua própria comida, além de saudável é divertido e você consegue aprender muita coisa legal...

E viva o abacate, a manga, o abacaxi e tudo que deixa a vida mais gostosa!
Cheers! :)

PS: continuo gostando de fish'n Chips e coisas calorentas, mas na boa, estou evitando inclusive refrigerante... Opções... E graças, já se foram 5 kilos suadíssimos.
PSII: nuts nos pratos principalmente a castanha do pára e a macadâmia, fazem toda a diferença :)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Tudo vai bem, quando vai mal...

Demorei para entender em toda minha vida o quão exigente e mesquinha sempre fui. O quanto mimada e egoista, o quanto não sei ouvir "não" e como  não sei  respeitar a vontade dos outros e que devido à esses defeitos já perdi pessoas muito queridas na minha vida.
Demorei para entender que amor, afeto, carinho consideração, não se trocam, todos esses gestos são altruístas, você  doa  se voce tem vontade, se te faz bem, se te faz feliz,  mas não espere receber, deu tá dado, deu porque quis, porque sentiu necessidade. Uma puta sacanagem com o outro dar e querer de volta. Não que eu pense que a coisa não tenha que ser recíproca, mas se não tá feliz cai fora, ficar cobrando é um saco e desgastante demais...
Demorei para entender que todos,  assim como eu,  sofrem das dores da vida, das perdas, das escolhas erradas, sofrem por terem que responsabilizarem por elas, mesmo sabendo muitas vezes que escolheram errado. Que minha dor não é maior do que a de ninguém, só é minha, o que a faz um pouco mais especial, mas isso não me dá o direito de me fazer de vítima da situação.
Demorei para entender que aquilo que nos vem de graça em forma de afeto e carinho deve ser celebrado a cada momento e não fazer disso um motivo para que se cobre mais e mais e mais.
Hoje sinto que errei muitas vezes, que fui cega por muito tempo pensando que estava acertando, que era dona da situação, como fui infantil. Isso não significa que me arrependa do que vivi, acho que as historias que passaram , passaram porque deveriam passar, aquele lance que não era pra ser, mas que tanto sofrimento?
Querendo sempre mostrar que havia mudado,  quando na realidade,  quando mudamos, não precisamos mostrar, basta agir.... E eu  nunca entendia isso: que a mudança é dentro da gente e que quando mudamos de verdade ninguém precisa saber, porque já nos bastamos, porque ja sabemos o que gostamos e o que não, porque nos gostamos mais, e você vai saber que não tem que provar nada pra ninguém, não vai desperdiçar seu tempo com pessoas que não valem a pena, porque vamos entender o quanto a gente vale e sendo assim,  não daremos “pérolas aos porcos” como diz uma amiga querida. E mesmo com muita confusão na cabeça, ( que acho que isso é uma coisa intrinseca em mim, mas que me faz buscar sempre melhorar) a gente sabe que no final tudo se ajeita da melhor maneira possivel.
Falar e escrever a respeito disso é fácil. Dificil é lidar no dia a dia e como qualquer mudança que nos tira da nossa zona de conforto, do nosso, “sempre foi assim”, me sinto insegura e com medo dessas novas descobertas. Talvez um pouco de ansiosa porque quando você erra inconsciente é uma coisa, mas agora não da mais pra dar bandeira.... Isso me apavora um pouco... Mas ao mesmo tempo, estou feliz, porque haja o que houver, as escolhas são minhas e a responsa pelas consequencias também. Aquela história de “ a vida é minha, o problema é meu” faz todo sentindo agora e realmente não vou deixar que ninguém se intrometa onde não é chamado, porque já estou consciente  que esse é o preço a ser pago. Chega de se fazer de vítima da situação, percebi ( depois de muito tempo, minha Nossa Senhora da Bicicletinha sem freio!)  que quando isso acontece as pessoas gostam, tripudiam em cima e se acham no direito de fazer o que elas querem com sua dor.
Muita coisa dentro de mim anda sem resposta ainda, mas sei que ela virá. E por isso que ando sendo paciente nessa minha louca e desenfreada ânsia de viver. Eu, que sempre quis tudo pra ontem...
É dificil gostar de você mesmo, segurança, auto-confiança, satisfação, mas eu já começo sentir um negócinho estranho e gostoso dentro do meu peito... Sabem? Aquela chaminha acesa? É isso...





domingo, 14 de agosto de 2011

Amigos...




Olá, cambada, eis me aqui novamente depois de longa data e hoje o motivo é especial. Sei que o dia do amigo já passou e eu nem tive inspiração para escrever nada, mas como amigo é todo dia, a vida toda, porque não escrever agora?
Tive duas semanas do cão nesse mes de Agosto, dizem que é o mes do cachorro louco, posso dizer que além de louco, ele é indeciso, retardado e anormal. Não que sempre sejam, ano passado meu Agosto foi bem agradável.  Enfim, falo sobre essas coisas porque como já disse, essas duas últimas semanas foram bem “trash” e se não fossem alguns amigos eu estaria como dizem “fudida e morando longe!”.
Sou uma pessoa “easy- going” ,  faço amigos com facilidade, converso com todos, e em geral tenho  relacionamentos bons e saudáveis com todos Por outro lado, sou sincera demais, exijo muito e às vezes sou a mais ogra. Demorou para aprender que meus amigos, são só meus amigos e todos eles tem sua própria vida, eu sou ciumenta pra kct com todos eles e precisei levar um baita sermão de uma amiga, na época recente,  para eu “acordar”! Mas, serviu...
Estar longe é uma ótima experiência para perceber quem eram e são seus amigos de verdade, para perceber que muitos que você nunca considerou tanto são os que mais se importam com você, perceber e excluir da vida muitos que você considerava e que definitivamente não eram,  e também,  fazer alguns novos.
Eu sou do tipo de pessoa que quando está tudo bem, estou feliz, quero dividir com todos e quando estou triste acho um absurdo que meus amigos não sintam minhas dores, rs. Rainha do drama. Sei que é impossivel e me controlo. Tento. Quando passa, me acho uma completa idiota e dou mais valor ainda praqueles que me aturaram. Tenho amigos que nunca pensei que se tornariam e hoje olho e penso: “como tenho sorte, como os admiro!”
Hoje consigo entender mais que nunca, que muitas vezes eles não estão preparados pra me acolher que talvez algo neles também esteja doendo, e, com a vida você aprende que o problema não é você e sim o momento e nem por isso a pessoa não seja um bom amigo.
Dizem por aí que bons amigos contamos nos dedos das mãos, eu até conto, mas umas 3 vezes... Acho que hoje em dia, presto atenção mais nos sinais, nas energias emitidas, se alguma coisa vai mal já de cara, é que um dia alguma coisa não sairá bem, então evito. Às vezes me engano, óbvio, mas meu radarzinho anti-babaca anda bem aguçado então ando mais tranquila quanto à isso.
E amigo que amigo é aquilo, fala na cara, briga, manda se foder... Uma das minhas melhores amigas acaba comigo toda hora. Se falo umas verdades pra ela, ela fica brava, briga, mas ela sabe disso, é ela que me bota no chão, me faz ver a realidade nua e crua e sem fantasias... Eu preciso disso. Preciso que me digam verdades, mesmo que eu saiba, mesmo que eu faça tudo ao contrário. 
Eu tenho amigos de infância, amigos de baladas, amigos que posso ficar um, dois, três, quatro ou mais sem ver, mas quando nos encontramos é sempre a mesma coisa. Amigos que não falo há muito tempo, mas os quais o amor permanece e eles sabem o quanto os desejo bem. Tenho amigos novos, virtuais, amigos de longas distâncias. Muitos deles me acham uma “mala” mas não conseguem não gostar de mim porque sabem que esse é o jeito, não gostei vou falar, vou cobrar, mas sabem que quando eles precisam de mim, viro o mundo até conseguir ajudar de alguma maneira. E tenho também aqueles amigos que moram longe e que a sintonia é tão grande,  que quando os procuro,  eu já sei que é porque estavam pensando em mim de alguma maneira também.
Tenho amigos que já me decepcionaram muito, que duvidaram da minha amizade quando mais precisei deles, esses a gente dá um desconto e tenta fazer que está tudo bem, mas eles bem sabem que a amizade nunca mais vai ser a mesma. Confiança se constrói e acho que nesse ponto é mais ou menos como relaciomentos amorosos: depois da primeira cagada fica dificil acreditar de novo. Mas enfim, a gente tenta, se não der a gente exclui da vida aos poucos ou de uma vez conforme a necessidade.
Tenho amigos que gostam de rock, de MPB, de blues, de samba, de ska, de metal,  mas eu juro que às vezes tenho vontade de dar na cara dos que gostam de sertanejo e pagode. Tenho vergonha alheia, mas fazer o que. Amigo é amigo.
Tem aqueles que eu conto tudo. Outros que a gente evita porque sabe que vai  ouvir bosta, rs. E tem aqueles que só de estarmos perto, já acalmam nosso coração.
Eu ando com muita saudade de alguns amigos e com muita vontade de estar perto deles. Sei que essa vontade e essa saudade vai passar assim que eu vê-los e notar que eles continuam os mesmos. Mas com certeza me sentirei confortável e feliz. E dai vou ter saudade do amigos que fiz aqui. Já tenho porque muitos foram embora.
E assim é a vida... uns chegam outros vão, uns ensinam muita coisa, outros só chegam todos estrupiados precisando de colo, e eu dou, adoro bancar a mãezona,  mandar em tudo,  dar conselhos das coisas que faria e nunca faço hahaha,  e ,  por mais que pareça meio revoltada às vezes, o coração é bem grande e sempre cabe mais um.
"Viver é encantar com os outros e ter expectativas correspondidas; viver também é desencantar e ter expectativas esfaceladas. O drama e o lírico sempre nos acompanham.  Mas quando dividimos essas experiências com aqueles que nos conhecem profundamente, conhecem nossa essência, conhecem nossa história de vida, é muito melhor." (O Ócio Iluminado)
Obrigada à todos meus amigos ( e quem são sabem!).

terça-feira, 14 de junho de 2011

Pátria Amada "Plasil"



Primeiro, eles vêm à noite, com passo furtivo
arrancam uma flor
e não dizemos nada.
No dia seguinte, já não tomam precauções:
entram no nosso jardim,
pisam nossas flores,
matam nosso cão
e não dizemos nada.
Até que um dia o mais débil dentre ele
entra sozinho em nossa casa,
rouba nossa luz,
arranca a voz de nossa garganta
e já não podemos dizer nada. 
(Maiakovski)




Hey, Pessoas, como vão... Por aqui tudo caminhando conforme planejado. Fico muito feliz em dizer isso, porque na vida nunca planejei muita coisa, na verdade sempre quis tudo, ainda quero, a diferença é que hoje,  um pouco mais madura, percebo que o que mais me faltou nessa vida se chama foco, e sem ele não há plano que dê certo. Não posso dizer que me transformei numa super pessoa focada e centrada, mas acho que hoje em dia consigo manter sobre controle coisas que antigamente seriam impossíveis. Assim espero...
Depois de dois meses de férias em terras australianas voltei às aulas e é muito bom, apesar de odiar levantar cedo, eu gosto de estudar, me faz bem e línguas é uma coisa que sempre gostei. Tenho trabalhado, vamos dizer, em comparação ao Brasil, pouco, mas em esforço físico muito... Ser garçonete, faxineira,  seja o que for quando você é “ cucaracha”  exige de você no mínimo um pensamento fixo na grana que virá depois, outro modo, a gente desiste. Porque   é uma grana legal!
Enfim, esse post é exatamente para falar de uma coisa que tenho percebido e me incomoda muito: o quanto nosso Real vale bosta nenhuma! 
Eu sei, você caro leitor, que está começando ler esse post deve estar pensando “Lá vem, mais uma burguesinha que saiu fora e agora está dando uma de descolada querendo falar daquilo que não entende, com esse discursinho universitário!” Posso dizer: estou pouco me fodendo pra você. Se pensa isso,  é  porque você não me conhece, não conhece nada sobre  minha história e sendo assim pode parar por aqui. 
Em primeiro lugar, quero dizer, que antes de morar em outro país, talvez muitas vezes eu tenha tido essa impressão das pessoas ao  meu redor, mas hoje entendo completamente, e vou dizer,  a sensação que eu tenho, é de e de abandono e impotência. Ver tudo o que acontece em nosso país, ou melhor não acontece, e ver de fora o tamanho do potencial que nós temos é de chorar e toda vez que penso nisso eu fico muito mal.
Eu não entendo de politica, menos ainda entendo de história politica economica, sempre fui a favor de ONG’s OSCIP’s essas paradas aí que tapam os buracos que o governo seria responsável, acho que temos direito de expor nossas opiniões,  porém, hoje,  consigo ver coisas que estão no nosso nariz e ainda assim não queremos enxergar: o quanto nosso governo é corrupto, quanto somos roubados e o pior: o quanto nos preocupamos  com coisas pequenas que não vão dar em nada e nem mudar a vida de ninguém. Fico mals, porque imagino o quanto nossa vida seria melhor se apenas uma coisa acontecesse: não fossemos roubados descaradamente e tivessemos foco para ao invés de fazer passeata para legalizar a maconha, nos uníssemos pra botar esse bando de ladrões na cadeia. Não estou dizendo que não devemos lutar por aquilo que achamos certo e acreditamos. Fumar um baseadinho é legal, o tráfico não é... Aí, leio no jornal: “São Paulo recebe a A marcha das Vadias”, marcha que começou no Canadá, e tem como objetivo combater o machismo, porque as pessoas andam mais preocupadas com o que as mulheres vestem, se atraem o desrespeito dos machos e das pessoas a sua volta do que com o próprio desrespeito que nosso governo tem para com todos nós: homens, mulheres, crianças, homosexuais, vadias, piranhas, transexuais, patricias, mauricios  e por ai vai,  que pagamos impostos mas morremos em fila de hospitais... Porra, o povo do Canadá tá sussa, vejam a economia deles,  eles póóódemmmm com esse tipo de manifestação... Nós temos mais com o que nos ocupar... Totalmente fora de foco.
O Brasil cresce a olho nu, ingleses, australianos, chineses, japoneses, o mundo todo hoje sabe quem somos, e quem somos? Temos  riquezas que os outros não têm e que mudariam nossas vidas se soubéssemos como utilizá-las e como estamos utilizando? O que o brasileiro ganha com isso?
  Olho ao meu redor aqui na Austrália e vejo que existem pessoas milionárias, sim, mas não vejo a diferença social que vejo no Brasil. Simplesmente aqui as pessoas com pouco fazem muito, todos moram, comem, cuidam da saúde e conseguem se divertir, ninguém se mata de trabalhar, para chegar no final do mes e poxa,  cadê a grana?  E sabe porque isso? Porque o governo intervém e faz a parte onde lhe compete. Simples. Por que todos os impostos pagos voltam em serviços para os cidadãos. É óbvio que para eles existem problemas que ao meu ver não é problema nenhum sendo brasileira, mas é uma “huge” diferença que só me faz pensar, somos uns babacas cordiais!
Tenho um amigo que morou fora um ano e sempre me dizia, “por quê??”, “por que não funciona!?” eu nunca entendia muito bem, mas hoje entendo... E um outro que ficou só um mês aqui e percebeu a diferença. Aqui você não vai se matar de trabalhar porque com o que você trabalha você vai ter uma grana legal, você vai conseguir pagar seu aluguel, e vai conseguir ter qualidade de vida. Sim, as coisas funcionam!
Quando falo que não entendo de politica, quero dizer, que não entendo quais medidas devem tomadas para que possamos sair da lama, não estudei pra isso, mas mudar nossa postura frente a quem nos rouba com certeza é o primeiro passo.
Ah, mas o Brasil tá crescendo, tendo visibilidade, a economia melhorou, podemos comprar carros, ter TV e internet a cabo, até nas favelas têm, podemos viajar, as passagens estão baratas,  não é demais? Não,  não é... Isso tudo é status e não melhora a vida da grande maioria... Tem gente que morre de fome  ainda, o Brasil vai ficar lindo pra quem já tem uma grana e quem é pobre vai se fuder cada vez mais, uma grande diferença social, maior a cada dia é o que eu acredito que nos espera, maior do que já temos....
Sei lá, não gosto muito de falar sobre esses assuntos, porque sei que o buraco é muito mais embaixo e não sou eu sozinha, de longe que vou resolver, mas ando tão indignada que não consegui me segurar.
Só para constar, esses dias estava passando em frente a uma escola aqui na cidade onde moro e tinha uma placa que dizia que a construção daquela escola fazia parte do plano de desenvolvimento economico da Australia, ou seja, o investimento em escolas contribui com o desenvolvimento economico do país. Sempre acreditei nisso, sempre.
Mas eu sei que tem pessoas que vão me perguntar "o que tem a ver economia com escolas? " O que? ...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Por que as Pessoas se Casam?







Anda complicado colocar coisas no papel, digo no “word”. Tenho mil idéias mas na hora de escrever eu brocho, sei lá porque. Mas achei interessante esse assunto que surgiu do nada devido a um devaneio (será vontade?) da minha pessoa.
Tenho estado muito tempo sozinha aqui, não que isso não esteja sendo bom, tenho aprendido muito sobre mim mesma, evoluido, prestando mais atenção às minhas vontades e muitas vezes me assustando com elas.
Esse lance de casamento é assunto complicado e tudo começou porque estava conversando com uma amiga (não vou citar o nome pra não comprometer) e a mesma me disse que nunca irá se casar e sim namorar a vida toda. Essa mesma amiga, me disse que namorar é bem melhor, e que as amigas das amigas sempre dizem que depois que se casaram tudo mudou e o negócio desandou. Ouço muito isso e para mim isso já é clichê. A palavra casamento vem acompanhada de um peso enorme como se realmente as pessoas estivem com a bigorna no pé ou indo pra forca. Mas elas continuam se casando...
Sendo assim, do nada, postei no mau português no facebook, “Por que as pessoas casam” e acredito que o correto é “se casam” mas tudo bem, estou tentando aprender ingles, não o domino ainda e acho que ando esquecendo  o português, rs. E, lógico isso gerou um bafonzinho básico...
Uns não tem a mínima ideia, outros acham que é por amor, outros porque não tem o que fazer, outros pra dividir, alguns magoados, outros felizes, uns acham que é para enriquecer advogados,   um , acredita que quando o analista não medica a pessoa direito você acaba se casando (rs) e uns perdidos, como eu.
Eu nunca me casei, tive sim um relacionamento relampago e juntei os “fiapos do trapo” ( o que me gerou um trampo!) durante 5 meses, mas eu já sabia que era uma coisa breve (foi necessario morar junto!) e esses 5 meses foram suficientes pra me dar a certeza do que em um ano e meio eu já sabia, mas não tinha coragem de assumir. A paixão é cega. O amor não.
Eu sempre tive o dedo podre para relacionamentos e fui muito imatura durante muito tempo em relação à eles. Tive alguns que  me ensinaram da pior maneira possível que não era a hora... Mas não tenho traumas quanto à isso. Pelo contrário, hoje penso, é que tive é muita sorte! Nunca tive o sonho “Quero me casar, construir familia, casa, cachorro, filhos...” Isso sempre foi bem distante para mim porque sempre curti ( e curto) muito minha vida de solteira, poder fazer o que gosto, na hora que quero, sem ter que dar satisfação a ninguém. E sempre achei meio demodé, casamento, papel, igreja... Tudo muito tradicional e institucionalizado. Muito dinheiro para entrar e muito dinheiro, caso precise sair...  Mas, eu ando muito assustada comigo mesma.
Isso me fez lembrar de uma crônica do  Ferreira Goulart, chamada “O Amor”, nele ele diz que o amor é anti-burguês, é liberação e aventura e que o casamento é próprio da vida burguesa.

“...Duas pessoas se conhecem, se gostam, se sentem atraídas uma pela outra e decidem viver juntas. Isso poderia ser uma coisa simples, mas não é, pois há que se inserir na ordem social, definir direitos e deveres perante os homens e até perante Deus. Carimbado e abençoado, o novo casal inicia sua vida entre beijos e sorrisos. E risos e risinhos dos maledicentes. Por maior que tenha sido a paixão inicial, o impulso que os levou à pretoria ou ao altar (ou a ambos), a simples assinatura do contrato já muda tudo. Com o casamento o amor sai do marginalismo, da atmosfera romântica que o envolvia, para entrar nos trilhos da institucionalidade. Torna-se grave. Agora é construir um lar, gerar filhos, criá-los, educá-los até que, adultos, abandonem a casa para fazer sua própria vida. Ou seja: se corre tudo bem, corre tudo mal.”

Fica dificil construir algo com alguém quando você acaba de ler um texto desse. Em dias como esses os quais estamos vivendo, onde tudo é    descartável, onde valores são colocados de lado  e não estou falando em ser moderno ou ser careta, mas de ter princípios... Tudo anda muito perdido, não deu certo separa, não tá bom troca... Isso assusta, falaê!
E apesar de tudo a pergunta continua “Por que as pessoas continuam se casando?”
No meu post no Face, a melhor reposta para mim foi da Fabi, pessoa linda, muito bem casada por sinal e feliz até onde eu sei... (pelo menos nunca a vi reclamando, muito pelo contrário!). Vou transcrever com as palavras dela porque estou com preguiça de escrever com as minhas:

Deixa eu falar, deixa, algumas pelos motivos errados, carência, não ter nada + interessante pra fazer, e essas estão fadadas ao fim, a infelicidade e acabam por enriquecer os advogados...o motivo certo é amor, aquele livre de egos, de comodidade, amor de verdade, aquele que se caminha junto, que divide, que diverge + que no fim , a vida faz todo sentido quando se olha do lado....eu casei por isso!

Eu concordo com a Fabi,  porque eu penso que na maioria das vezes as pessoas dizem “eu quero me casar e ser feliz” quando na verdade acredito que a gente se casa para fazer o outro feliz, é como a Fabi disse, quem casa pelos motivos errados está fadado ao fim mesmo...
E se nos pergutarem, como saber o motivo certo? Na minha opinião, não é dos certos que temos que saber e sim dos errados. Se qualquer sinal “dos errados” estiver dentro da gente é hora de rever se realmente vale a pena.
Minha amiga me disse, não precisa fazer muitos planos, a vida se encarrega... em resposta aos medos que temos de não dar certo, mas esteja atenta aos sinais... Quando ela disse planos, não se referiu a parte financeira, o que é outra história, acho burrice casar para ficar pior do que já está e somos bem gradinhos pra saber que amor morre de fome sim.
A maioria dos meus amigos são casados e felizes. Tenho amigos solteiros que dizem que nunca vão querer casar, tenho amigos que se separaram e espero de coração que não se traumatizem com isso.  Afinal de contas, o amor se renova é um sentimento grande o bastante pra caber na gente a vida inteira e atrair outro,  ( ou outros!) rs .
E até o mal medicado pelo analista, gosta da coisa e é muito bem casado que eu sei..rsrsrs...
E no fim de tudo, no mesmo texto do Ferreira Goulart ele diz:
“Mas, não radicalizemos: há exceções — e dessas exceções vive a nossa irrenunciável esperança.
É, eu ando realmente assustada comigo mesma...

terça-feira, 19 de abril de 2011

Wanderlust: Bukowski, Fragmentos e Desabafos.

Wanderlust: Bukowski, Fragmentos e Desabafos.: "Quando Deus fez o amor Ele não ajudou muito quando Deus fez os cachorros Ele não ajudou os cachorros quando Deus fez as plantas Isso foi m..."

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Pra quem sente falta de um chá no meio da noite...

Todo homem merece uma garota preparando um chá. Toda a poesia do mundo consiste numa linda garota fatiando um limão em seis partes iguais. Bebi o chá pensando no vinho. Bebi seus olhos pensando em ausências e longas distâncias. Algo que cantores pop chamariam de “saudade”. Fico com minhas definições que nunca colocam o pé no chão, que temem o contato firme com o solo. Meus pensamentos mais pueris são revistados na alfândega... (Bortolotto)


Não precisa ter medo  não, é fácil... A não ser que isso seja pura preguiça de colocar os pés no chão....





domingo, 17 de abril de 2011

Bukowski, Fragmentos e Desabafos.

Quando Deus fez o amor Ele não ajudou muito
quando Deus fez os cachorros Ele não ajudou os cachorros
quando Deus fez as plantas Isso foi medíocre
quando Deus fez o ódio nós tivemos uma utilidade em comum
quando Deus me fez Ele me fez
quando Ele fez o macaco Ele estava dormindo
quando Ele fez a girafa Ele estava bêbado
quando Ele fez os narcóticos Ele estava entorpecido
quando Ele fez o suícidio Ele estava deprimido
quando Ele fez você Deitada na cama
Ele sabia o que Ele estava fazendo
Ele estava bêbado e Ele estava entorpecido
e Ele fez as montanhas o mar e o fogo
na mesma hora
Ele cometeu alguns erros
mas quando Ele fez você deitada na cama
Ele gozou por todo santo Universo.

(Bukowski)  


Faz 2 meses que não consigo escrever nada, nem carta, nem poema, nem no blog..Consegui com muito esforço escrever algo pro blog da Angela (arribacultura.com) mas confesso que foi um parto...
Mesmo agora entrei aqui e comecei a escrever algo que nem tinha noção do que seria e do que está sendo.
Comecei por esse poema do Bukowski, porque estava lendo bem ele, no blog do  Bruno Bandido quando entrei pra tentar postar algo, porque, também,  tenho um motivo especial para gostar dele, e porque o Buk (amigo íntimo) tem sido meu companheiro de cabeceira, desde que me leram o primeiro poema dele. Me emociono de uma maneira que não sei explicar. Tenho êxtase metafísico, como costumo dizer... Talvez porque ele é tão lúcido e louco que super me identifico. Ele ligava o “foda-se” de uma maneira que admiro... Mas descobri lendo a respeito que ele sofria de "bullying" quando era adolescente, mas nessa época essa palavra nem existia,  e a saída era encher o cu de bebida e se perverter na vida... Mas ainda assim, o admiro! 
E quem nunca sofreu um "bullyzinho" na escola que me perdoe, mas acho que essa pessoa deve ser anormal.. Zuar os amigos é normal, violência não é,  e aí depende do grau da coisa, do "bullying", quero dizer... Pra mim, essa estória de de "bullying" algum psicólogo acendeu pra ganhar dinheiro... rs (desculpe, Van!). Me perdi... 
Enfim, já faz 3 meses e 10 dias que estou na Austrália, meu inglês está um pouco melhor, mas ainda tenho dificuldade pra entender essa porra desse sotaque australiano.
Estou mais acostumada... Tenho trabalhado mais, ralado pra dizer a verdade, mas essa semana minha aulas acabaram e estou mais tranqüila. Comecei a fazer coisas que era acostumada a fazer no Brasil: ir na academia, por exemplo... Depois de comer a Austrália de chocolate, não tive outra escolha. Aí vivo escutando: "Pra quê gastar, vai correr na praia"  eu só penso, "Por que vc não vai se foder!"
Sim, eu vou à praia quando me dá vontade e eu odeio quando as pessoas falam, "Aí,  vai pra praia!", "Sai daí, aproveita",  como se morar na praia fosse uma obrigação ter que estar lá todos os dias, correr na praia, ficar na praia, dormir na praia, tudo na praia... Meu,  eu vou se eu quiser, tem dia que você não está afim, de areia, sol, protetor solar, e toda a parafernália soliscística beach wear. Desculpe desapontar vocês.  

Andei bem ansiosa esses tempos (jura?) , porque meu visto  vence em maio, queria ficar, queria ir embora... Pensando no  inglês ficar seria  o ideal,  pro meu coração vagabundo, voltaria ontem...Mas, pela primeira vez na vida, ouvi mais a razão, pensei mais em mim e vou ficar, até outubro. Claro que parte dessa ansiedade não era só saber se iria ficar ou não, mas também se iria ter grana para isso... Mas quando eu quero eu dou um jeito e na minha vida sempre foi assim, graças a MIM.
Ando mais segura  e isso é bom. Hoje eu já sei o motivo pelo qual eu tive que que vir tão longe...Explicar isso,   aqui e agora,  além de ser clichê seria muito  chato.Eu sei que eu mudei e isso já me basta.
Me decepcionei horrores com pessoas que chamava de amigas, e por outro lado me surpreendi com outras que jamais achei que tivessem tanta importância. Estou treinando pra me livrar da minha culpa católica, sempre fui bem desencanada de algumas coisas, mas a idade tem me deixado "uó"! Dizem que é normal... Mas gostaria que fosse mais fácil. Obrigada, Rood, por me fazer lembrar que muitas de nossas culpas, colocaram na nossa cabeça...
Não tenho saído muito aqui, porque além de caro, prefiro guardar meu rico dinheirinho pra poder dar uma viajada... Mas coisas boas estão por vir... Comprei um ingresso para assistir o Herbie Hancock em Brisbane num teatro fudidão lá (vou sozinha e estou feliz assim mesmo!) e em Maio "avuo" pra Sidney , não vejo a hora de sentar, falar um monte de bosta em português ( com amigos de verdade) e encher o cu de cerveja e cigarro. Férias, obrigada.
Preciso mudar a data da minha passagem de volta. Preciso de uma bicicleta, quem sabe um carro e uns AUS5.000. Coisa pouca. Preciso aprender e ter coragem pra cozinhar minha própria comida. Mas antes preciso de uma cozinha só pra mim... 
Essa semana é Páscoa. No chocolates for me. Feriadão. Vou trampar num fucking indian restaurant. Money. É o que tem me interessado...
Acho que agora, perdi de vez o foco da escrita leitor, melhor parar por aqui.
Vou para a praia.
















domingo, 6 de fevereiro de 2011

Eu não quero ter razão, eu quero é ser feliz! :) - 1 mes de Austrália!

Mooloolaba (Sunshine Coast)






Faz tempo que não escrevo. Hoje faz exatamente um mes que cheguei aqui.
E sinceramente,  estou super confusa...
Estou adorando as descobertas, o mundo novo, os novos colegas, estou muito feliz de poder me comunicar em inglês, porque quando você fala outra lingua, é como se um outro portal de possibilidades, pessoas e coisas novas se abrisse à sua frente.
Lógico que o meu inglês é daquele ainda... Hmmm... How can I say... ? “Do you speak English? A bit!” rs
Mas sinto a melhora a cada dia. Minha maior dificuldade é conseguir entender o que eles dizem, “Aussies” falam muito rápido e slang (cheio de gírias) e, Cristo, tem horas que me sinto uma completa austista.
Tive muita sorte, porque a familia que me acolheu aqui é demais da conta... Me ajudam demais e devo muito à eles. Thank you Angela, Fred e Stella.
A escola, no ínicio achei uma grande bosta, não conseguia acompanhar, me sentia um ET, não que seja 100%, mas hoje já toco o terror lá em portugues! J
Aqui é tudo muito bonito, a cidade é limpa, praias bonitas, e a maioria das pessoas educadas. Digo a maioria, porque você pode estar em qualquer lugar do mundo e sempre vai ter um o outro babaca que você olha e diz “ porque essa pessoa existe!?” , aqui não seria diferente...
O que mais me chamou atenção aqui, e disso eu até já sabia, é a segurança, tudo muito sossegado, organizado, até onde eu vi pelo menos, também pudera, você não pode beber na rua, nem na praia, sem contar que a cerva é cara pra caralho e o cigarro custa AUS 20 por pack... É um maneira de prender todos os bêbados dentro de um Pub, diminuir o que consumo de cigarro ( o que sinceramente aqui não adianta!) e assim evitar maiores confusões e doenças.
 Eu não concordo, do jeito que gosto de uma birita e de um cigarrinho, às vezes me pergunto, “o que eu estou fazendo aqui??? “ Mesmo porque há países tão bem organizados quanto a Australia, ou mais,  onde se pode toma uma birita na rua... Como na Suíça por exemplo, tenho vários colegas suíços aqui e eles ficam chocados... Assim como eu...rs
Mas a gente sempre dá um jeito e vez o outra todo mundo sai breaco de algum barbacue ou festinha.
Encontrei boas pessoas no caminho graças a Deus,  a quem só tenho agradecer:  a Liz e a Lia Rosella de Sampa que já no avião foram incríveis, mesmo porque em Dubai eu ficaria perdida com aquele inglês de meia tigela. A Glenda, amiga australiana, linda, que poxa, sem palavras pra expressar. Glenda, I’m so grateful for you! Julião, obrigada pelo contato.
Meu boss, o George, que acreditou em mim e quando pode aumenta minhas horas pra me dar uma graninha, doidinho... Sem palavras também. E fora os amigos brasileiros que não tenho tantos, mas a Rhovena, a Naty e a Bruna... Os brazucas mai doidos. O Ale, espanhol amigo,  e todos os meninos da Arabia Saudita que são muito gente boa... Que venham mais pessoas e amigos queridos, desses que a vida passa, mas que você nunca esquecerá.
Aqui... o tempo passa muito depressa, escola de manhã,  procurar emprego a tarde ou ir à  praia, outros, é ir na biblioteca, estudo todos os dias. Homework everyday.  Outros preciso sair do corpo e toma uminha porque o calor é demais e a pomba gira grita... Mas a pressão é forte.  Afinal, vendi um terreno pra vir pra cá como já disse no outro post... Pressão  minha sobre mim mesma de fazer virar... E voltar com muita coisa boa!
Mas juro que esperava um pouco mais de agitação, aqui é meio que uma Americana, SBO, com praia e um monte de gente branca...rsrsrs
Isso me deixa meio de bad! Hahahaha
Mas em breve pretendo me mudar de cidade... E isso é assunto para outro post.

O que nesse mes me deixou mais bolada, foi a saudade que senti e sinto.
Eu já sabia que era assim, mas achava que iria tirar de letra dessa vez, eu quase tirei, mas tem dia que dói muito.
Todo mundo diz, vai passar, aproveita, esquece do Brasil, mas faz um mes que estou aqui como esquecer minha gente??
Deixei cachorro, gato, pai, mãe , amigos, namorado, e isso foi a pior parte, conselho não é bom, mas esse eu dou e vai ser de graça, se você for uma pessoa canceriana ou tão apegada à algumas pessoas como eu sou, nunca arrume um namorado 6 meses antes de você viajar: vai doer.
Cuidado com a línguas venenosas e energias ruins, mesmo há 14.000 km de distância, acredite vai ter gente querendo te foder e ver você na merda.
Ou aquele que jura que está sendo amigo e tá acabando com você por trás. Nessa hora, respire, chore, esperneie, mas não se deixa abater. Seja leal com seus sentimentos. E mande se foder o que te incomoda.
Eu sei que a falta, a ausência, a sensação de perda uma hora com o tempo ameniza, e o que fica é a saudade que é coisa boa... Mas meu, em um mes? Pra mim, é pedir muito: esquece.
Me achem idiota, babaca o que for, mas eu quero estar perto, de tudo que acho certo até o dia que EU mudar de opinião. Ou achar que já não vale mais a pena.
Enfim, foda-se.
E para aqueles que acham que a saudade que sinto, me impede de curtir as coisas, vou logo avisando que vocês estão redondamente enganados, o que me impede é falta de grana, que assim que conseguir um trabalho melhor com certeza virá mais diversão por aí, e se você que está com muito dó de mim e  quiser me ajudar, posso passar o número da minha conta.
Não é porque a gente sente falta que deixa de viver a vida. Eu já deixei, mas acho que agora não é o caso...

No mais vou falar o que penso, fazer o que acho certo, e defender quem eu gosto, até o dia em que eu achar que devo parar, porque o sentimento já passou, ou porque simplesmente não vale mais a pena.

Pros amigos que dão uma força nas minhas bads, e que compartilham minhas alegrias, só agradecer,  e quem é sabe!

De resto, é continuar na lida, porque a essência, a Mabelly, continua a mesma pode ter certeza!

E por fim, eu nem quero ter razão de nada, eu só quero ser feliz! :)

Saudações de uma brasileira perdida.


PS: muita saudade do Erik (todo dia), dos meus sobrinhos, do Tomás e e  da minha cachorra. :)